Wednesday 13 January 2010

Do nacionalismo bacoco

À menção da palavra pátria relembro muitas vezes o texto do livro de Português do Estado Novo - creio que era o da quarta classe - que dizia assim: "menino, sabes o que é a pátria?". E continuava depois no tom paternalista do regime a dissertar sobre esse bem maior que é a pátria, escolhida por Deus, abençoada com Salazar.
E vejo hoje esse nacionalismo bacoco com novos contornos. Constâncio foi mau. Esteve a dormir metade do tempo e a fazer bicos ao patrão na outra metade. Não viu os favores de Jardim Gonçalves ao filho. Não viu as fraudes no BPN e no BPP. Demasiadas vezes andou armado em Ministro das Finanças, a alvitrar palpites sobre impostos - que não lhe competiam. E claro, as suas revisões, em alta, em baixa e mais não sei o quê foram sempre a favor do Governo...
Constâncio nem sequer soube ser independente ou pôr o lugar à disposição, quando o devia ter feito.
E agora, pasme-se, queremos que a sua incompetência seja reconhecida, premiada com um tachito na Europa. E pede-se aos senhores eurodeputados que votem nele. Porquê? Por ser português? Votamos num gajo incompetente porque nasceu no mesmo país que nós? Fraco argumento.

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