Tuesday 31 August 2010

Inevitabilidades

Podemos ser bem resolvidas. Independentes e o mais que seja. O homem que nos sussurra que é bom ouvir a nossa voz e que tinha saudades nossas... continua a ser o homem que nós desejamos. Mesmo!

Tuesday 24 August 2010

Frase do dia

O Amor é só uma probabilidade, não é uma marcação.
A frase que é, por si só, um tratado, não é minha. Li-a aqui.

Monday 23 August 2010

It's all in the movies


Na tentativa de espalhar a cultura geral lembrei-me do Império dos Sentidos. O filme é de 1976 e é um belíssimo retrato do sexo pelo prazer. But, then again, ela era prostituta. Acho que ainda hoje temos isto: um homem e uma mulher conhecem-se. Têm sexo fantástico, repetidamente. Ela, ou se apaixona por ele, ou é uma puta. Ou apaixona-se por ele e é uma puta. Mesmo que nunca tenha feito nada assim na sua vida. Estamos a milhas da igualdade de géneros. Eu disse milhas? Perdão, queria dizer anos-luz!

O bom, o mau e o inacreditável

Na "Pública" de ontem um excelente trabalho de Teresa Sousa, com um texto irrepreensível e um grande trabalho de jornalismo - a história do futuro do New Labour em Inglaterra. Que se pode ler aqui, embora (ainda) não na versão integral, o que é pena.
E agora a política "caseira" - mais um exemplo inqualificável com as empresas "públicas", para ler e perceber o mal governados que andamos.
Por último o inacreditável - não vem aqui ao caso estar a defender Lobo Antunes, pessoa cujos escritos não me agradam particularmente. Mas assistir ao uso do seu nome para politiquice barata é triste. E mancha quem volta a não medir o que diz. E para conseguir o quê?

A dita cabra insensível

... que eu sou faz a piada estúpida com uma coisa séria. Uma mulher morre com uma palmeira em cima, num comício do PSD Madeira. Eu só consigo pensar: "Serves her right!"

Friday 20 August 2010

Dos outros

Descobri hoje um texto lindo sobre o amor. Aqui.

Tuesday 17 August 2010

O deslocado

Há pessoas que têm o raro dom de conseguir passar a imagem que estão em (quase) todo o lado, que dominam todos os assuntos. Cavaco é o contrário: quer fazer passar a imagem de que, na verdade, não está em lado nenhum. Já o escrevi e repito - sempre que é necessário ouvir-se, temos silêncio. Sobre questões fundamentais, o já habitual "não é oportuno". E depois, sobre o acessório ou sobre matérias que não lhe competem surgem as dissertações. Desadequadas. Cavaco promulga uma lei que equipara os direitos das uniões de facto ao casamento. Respeitando eventualmente uma situação que tem cobertura nos hábitos sociais - as pessoas não casam; juntam-se. E sobre isso só há a dizer que as leis, obviamente, têm de ser um espelho da sociedade.
A questão aqui é o PR dizer que promulga mas... com reservas. Mas alguém quer saber das reservas? Mas está tudo doido? O homem é PR. Ou promulga ou não promulga. Aprovar uma lei com reservas é o mais ridículo que se pode ter. É o gajo a admitir que é o que todos já sabíamos: nim. Nem preto nem branco. Cinzento. Um tipo sem opinião ou, pior, sem coragem para tomar decisões.
E, mais grave, com estas "reservas" quer eventualmente salvaguardar-se. Passar entre pingos de chuva sem se molhar. Cavaco é um erro de casting. Não por ser do PSD. Mas por ser mau. Por querer ser cinzento, a ver se ninguém sabe bem o que ele é e volta a ser eleito.
Sobre ele posso dizer que a vox populi é que o resume bem. Há dias em conversa com um amigo ele falava-me da opinião do pai, ex-cavaquista militante, do alto dos seus 83 anos. "É um falso. Anda aí com o Papa todo sorrisos. E uma semana depois aprova os casamentos dos paneleiros!"
E isto é o que o PR ainda não percebeu: que faça o que fizer nunca vai agradar a todos. E que melhor seria ter espinha dorsal e assumir uma postura recta, de um homem que sabe tomar decisões. Servir a deus e ao diabo é difícil.

Monday 16 August 2010

Pergunta retórica

Aliviamos a análise moral quando estamos envolvidos no assunto em discussão? As regras que achamos aplicáveis aos outros são as que escolhemos seguir para nós, no matter what?

O "nosso" amor

Falamos do "nosso" amor com a enfatuação dos tolos. Convictos que, por ser "nosso" esse amor é mais amor, sentimos mais, somos maiores. Se fossemos poetas seríamos só sonetos e canções. E somos, afinal, Beethoven's de trazer por casa... Poetas de palavras cruzadas e rimas fáceis. Entalados entre inevitáveis pores-do-sol e prestações da casa.
Somos patéticos - bacocos numa tentativa de criar o que não está nem nunca esteve ao alcance da nossa existênciazinha...

Friday 6 August 2010

De cá e de lá

Às vezes ainda leio bom jornalismo. Hoje foi no Público, esta excelente reportagem. Que é fundamental ler. E pensar um bocadinho.
À nossa porta também temos muito que pensar. Já aqui falei na violência doméstica. Já repararam que todas as semanas há um filho da puta que se passa da marmita e mata a mulher, depois de anos a bater-lhe e a retirar-lhe, passo a passo, toda a dignidade humana. Até quando?
Em nota de rodapé volto a deixar o meu opinadeiro preferido, que agora escreve no CM. É isto mesmo, infelizmente.

Thursday 5 August 2010

Honestidade

Vantagens de uma "relação" que sabemos que não pode acontecer: somos completamente transparentes, porque não há nada a perder, não há medos, não há reservas mentais, nem receio de melindrar o outro.
E por isso, em resposta à pergunta: "andas à procura de sensações novas e adrenalina?", seguiu-se a única resposta possível. "Não. Ando à procura de mim própria".
Assim, a seco.

Tuesday 3 August 2010

O amor

Há um dia das nossas vidas em que confundimos o amor com outra coisa qualquer. Amizade. Sexo. Atracção. Muito sexo.

Memórias

Hoje a Comercial acordou uma memória. Do primeiro festival de Verão, no primeiro ano (ok, ok, sem contar com aquela edição perdida de Vilar de Mouros).
Estávamos em 1997, no ano em que acabei o Liceu. E sim, queria muito ter ido. Mas não era coisa que uma adolescente pudesse fazer livremente na época. Uma das minhas melhores amigas foi, na segunda edição. Que inveja. Acho que nenhum adolescente hoje compreenderia isto. Passaram uns anos. Mas muitos mais na forma como as pessoas vêem uma série de coisas, felizmente. Hoje, adolescente outra vez, teria conseguido ir. Não é fácil ser miúda.

Quando dizem que o mundo mudou


Nunca gostei de Agosto - era aquele mês a meio das férias GRANDES, mas já tão perigosamente perto de Setembro e do início das aulas. Aquele mês em que os dias começam a ser mais pequenos, ainda que de forma sub-reptícia. O mês das confusões para ir para a praia e de parentes e almoços de família que nunca mais acabam. Só comecei a achar-lhe alguma graça já crescida, a trabalhar. Porque recusando-me a tirar férias em Agosto sobrava-me um mês de trabalho em paz. Isto é... é certo que para o meu mètier a coisa torna-se mais difícil mas sobrava-me a certeza de menos chatices e a enorme alegria de estacionar à vontade. Então expliquem-me como é que estamos em Agosto, sim, Agosto, e eu tive de estacionar em segunda fila. Como se estivéssemos em Maio, ou isso.... é que não acho aceitável!

Monday 2 August 2010

Desejo...

de não ter este sono no regresso ao trabalho;
de não ter dado uma semana das férias para resolver problemas de trabalho;
de não ter um monte de problemas "pendurados"...